Legend

Viciante. É uma palavra que descreve Legend do começo ao fim. O livro se passa na República - atual governo da distopia, que se passa em 2.130, que vive em constantes batalhas com seus vizinhos, e Patriotas -  que anualmente pragas assolam as zonas pobres. 

Na trama, nos deparamos com June,15 anos, e prodígia para a República, por atingir a pontuação máxima, 1500 pontos na prova que os cidadãos são submetidos aos 10 anos, e promete ser lendária na carreira militar.

Do outro lado na narrativa, temos Day, criminoso mais procurado pelo governo, apesar de ter apenas 15 anos. Vive fugindo de tudo, e de todos. Mora na rua, com sua parceira Tess. Ele é considerado uma lenda viva, que assombra a República. 

Com uma narrativa alternada, e histórias completamente opostas, é quase impossível imaginar como eles se entrelaçam. Após o assassinato misteriosamente do irmão de June, Day é considerado o maior suspeito do crime. Enquanto ele luta para conseguir remédios com o intuito de  curar a praga que assola seu irmão, June se aventura em uma missão, para tentar se vingar (prender) do assassinato do seu irmão. 

"As ações de Day costumavam me fascinar, mas agora ele é meu inimigo, meu alvo, minha primeira missão. (June)"

Ação. Essa palavra define as aventuras do nosso casal. Marie Lu consegue impor na narrativa partes de tirar o fôlego, ela não deixa a narrativa lenta, ou morgada. Ela simplesmente joga uma bomba atrás da outra, e quando menos espera, você já acabou as 256 páginas que compõem o livro. Com uma escrita simples, Lu tem uma dosagem própria para as informações se soltarem, ela vai soltando aos poucos, e o livro se desenrola perfeitamente com nossos dois protagonistas, e conhecendo os dois lados da estória. 

June e Day são cativantes, melhor dizendo. Eles são pessoas inteligentes, ágeis, e acima de tudo, corajosos. E na alternância dos capítulos, não há brechas, erros, ou confusão da dupla. Ela consegue fazer uma conexão perfeita entre eles. Os personagens são bem trabalhados, apesar da autora não abordar TANTO os personagens secundários, mas, ainda tenho expectativas que ela realize isso no segundo volume da trilogia: Prodigy.

"Minha mãe costumava ter a esperança de que eu renasceria de minhas humildes raízes, de que me tornaria bem-sucedido, e até famoso. Famoso eu sou, mas não da forma que ela tinha em mente. (Day)"

O romance fica em segundo plano, deixando o livro discorrer em meio a fortes emoções, e ação. No primeiro volume, não há muita explicação de como que  a República funciona, é meio superficial, o que faz com quê o leitor implore para o segundo volume. Legend é um livro sem rodeios, impactante, viciante. Uma distopia introdutória, reforçando que os outros volumes serão ainda melhor. Outro fato antes que você se assuste, Lu tira vidas sem dó, nem piedade, quando você menos espera, mais um se vai. 

"As ações de Day costumavam me fascinar, mas agora ele é meu inimigo, meu alvo, minha primeira missão. (June)"

O capricho da Editora Prumo com a edição ficou sem palavras! Com um efeito envelhecido nas bordas, e fonte própria para cada narrador, o livro se  torna o livro um xodó, realmente, muito bonito.

Eu tenho muitas expectativas para os outros volumes, e espero não me decepcionar. Legend se tornou uma das minhas distopias favoritas, me conquistou com seu enredo, e escrita impecável. Vocês tem que se aventurar com June e Day, e descobrir que nem tudo é o que parece. Tantos mistérios a serem desvendados... 

Título: Legend.

Autora: Marie Lu.

Editora: Prumo.

Páginas: 256.

Classificação: 4,5/5