Para onde vai o amor?, de Carpinejar

Para onde vai o amor? é o mais recente lançamento, pela Bertrand Brasil, do renomado escritor Fabrício Carpinejar. Com intituladas "crônicas de fossa", o autor tece os amores vividos, imaginados e pensados no livro de quase 180 páginas. 

"No começo, amamos porque o  outro é perfeito. No decorrer da convivência, temos que amar com a clara noção de que o outro não é perfeito".

Composto de mais de 40 contos, somos levados a conhecer os diversos tipos de amores, desde a adolescência até o casamento, das desilusões até o sofrimento, e levados a pensar no passado, nas pessoas, na definição de amor e na importância desse sentimento.

Regado de paralelismos e brincadeiras com sons, grafia e palavras, o autor tece uma escrita muito cativante, além de criativa. Me impressionou bastante como Carpinejar pode falar tanto em tão pouco. Os contos, curtos e sinceros, não ultrapassam mais de 4 páginas e remetem grandes pensamentos ao leitor. 

"O mais difícil na vida não é jogar a pedra, mas manter a pedra no chão". 

Não há muito o que falar sobre esse livro. Acredito que por possuir um gênero incrível e que sempre afeta as pessoas de maneira diferente. Certas frases do livro são como um tapa na cara e faz a gente pensar sobre muita coisa, sobre os amores vividos e o que estão por vir. 

É um livro singelo, bonito e muito sincero. Carpinejar tem uma docência pra falar de amor: quando começa, quando acaba, e para onde vai nos momentos mais tenebrosos da relação. Para ler devagar, apreciando cada crônica, é mais do que recomendado. No livro, também há textos com a própria caligrafia do autor, o que torna a diagramação belíssima.

Para os amantes do gênero, creio que não irão se decepcionar. É um livro daqueles que você entra no lugar do autor, consegue sentir todas as suas emoções e dilemas através das páginas. Busquem o amor e se deixem levar pelo seu caminho, essa é uma das inúmeras lições que Fabrício nos deixa. 

Título: Para onde vai amor? 
Autor: Fabrício Carpinejar.
Editora: Bertrand Brasil. 
Páginas: 176.