A fotografia presente nos livros da série me chamaram bastante atenção: pela singularidade, pelo encaixe tão perfeito na trama e pela importância que ela toma. As imagens, descritas pelos personagens e com pessoas reais, colocam o leitor para imaginar e se surpreender com o mundo da Srta. Peregrine.
Não se tornam imagens computadorizadas - mas autênticas que com um toque de imaginação, viraram genialidade nas mãos de Ranson. Cidade de Etéreos, volume dois lançado pela Intrínseca, possui uma entrevista exclusiva com o autor, estilo Questions&Answers, para relatar um pouco mais do processo criativo do criador das crianças peculiares. E após a leitura, só aumentou minha admiração pela obra e felicidade em ver uma literatura tão inovadora e incrível.
O primeiro fato a se relatar é que: primeiro vieram as imagens, depois a criação do enredo.
"Eu comecei o primeiro livro sem ter muita noção do que ia escrever: tinha uma pilha de fotografias estranhas, mas nada concreto e definitivo" (Ranson, Cidade dos Etéreos, q.1)
Dessa forma, as fotos estranhas e antigas acabavam adquirindo um tom direcional da história que se modificava constantemente na cabeça dele. E além disso, me surpreendeu pela capacidade de gerar fantasia com tão pouco. Como uma foto de um cachorro poderia gerar um dos personagens mais épicos da história?
E por mais inacreditável que parecesse, gerou. Cada peculiar tem uma imagem própria no início do segundo livro, junto com sua peculiaridade descrita, como forma de lembrar ao leitor a feição e sombriedade que antes só era possível na cabeça de Riggs. Já nesse segundo, o quadro inverteu-se:
E por mais inacreditável que parecesse, gerou. Cada peculiar tem uma imagem própria no início do segundo livro, junto com sua peculiaridade descrita, como forma de lembrar ao leitor a feição e sombriedade que antes só era possível na cabeça de Riggs. Já nesse segundo, o quadro inverteu-se:
"Já em Cidades dos etéreos, grande parte já estava em andamento, e as fotos acabaram assumindo um papel mais secundário. Em vez de escrever uma cena baseada em uma imagem, eu saia à procura da fotografia perfeita para uma cena que precisava entrar no livro" (Ranson, Cidade dos Etéreos, q.1)E a partir de agora, a procura pelas fotos perfeitas era incessante. Renomados fotógrafos, arquivos de décadas passadas, fotos singelas e significativas. Definitivamente, não foi uma tarefa fácil - mas que abrilhantou, cada vez mais, a perspectiva dessa história.
Coletei algumas imagens aleatórias para não gerar spoilers, pessoal! Fiquem tranquilos! ;) |
As imagens trouxeram a Riggs o casamento perfeito entre talento e genialidade. E esse seria mais um motivo para ler essa história que ultrapassa o significado de peculiar.
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